A digitalização do acervo do Centro de Memória do Oeste Catarinense (Ceom), mantido pela Unochapecó, amplia o acesso às fontes documentais da história regional através de um banco de dados que foi apresentado nesta terça-feira, 18 de novembro. O lançamento foi feito com a presença de dirigentes da universidade e da Caixa Econômica Federal, que patrocinou a iniciativa.

O projeto de implantação do banco de dados foi iniciado em outubro de 2006 e finalizado no mês passado. Envolveu a equipe do Ceom e técnicos da Coordenadoria de Informática da Unochapecó, que desenvolveram o sistema que permite catalogar e informatizar o acervo. O trabalho foi desenvolvido com recursos da ordem de R$ 89 mil, patrocinados pelo Programa Caixa de adoção de entidades culturais.          

Com o novo banco de dados é garantida, além da preservação, a valorização e a possibilidade de acesso rápido ao acervo documental pela internet. Através de um sistema de busca pelo site www.unochapeco.edu.br/ceom, link "Acervo digital", ou através do endereço http://ceom.unochapeco.edu.br/ceom/index, é possível o acesso a fichas de fontes arqueológicas, iconográficas, cartográficas, museológicas, de conjuntos textuais, de transcrição oral, tridimensional e individual textual. Outra vantagem da digitalização, ao organizar variados suportes documentais, é a preservação das fontes primárias, em função da disponibilidade do acesso online ao acervo de textos e imagens, sem a necessidade de deslocamento até Ceom.

Poucos projetos semelhantes 

Além do projeto do Ceom/Unochapecó, a Caixa patrocinou somente mais um em Santa Catarina e no país são 19 projetos no total. O superintendente regional da Caixa Econômica, João Deom Pereira, disse que a Unochapecó, ao receber um dos dois repasses do tipo em Santa Catarina, "é uma parceira privilegiada da instituição, como banco social e de atendimento de políticas públicas". Já o reitor Odilon Luiz Poli afirmou que o Ceom, em seus 22 anos de atividades, é uma mostra do amadurecimento da produção acadêmica na Unochapecó. Salientou que a produção acadêmica é um dos diferenciais entre uma faculdade e uma universidade, que é simbolizada pela geração de conhecimento por meio do ensino e da pesquisa e pela disponibilização para a comunidade.

Conforme o coordenador do Ceom, professor Elison Antônio Paim, a digitalização do acervo amplia e agiliza o acesso por parte de qualquer pessoa e também dos pesquisadores de qualquer parte do mundo. Informou que já são mais de 4 mil cadastros digitalizados, duas mil fotografias e 300 entrevistas. O que ainda será digitalizado soma, apenas em fotografias, mais de 20 mil imagens e o volume de documentos textuais que o Ceom vai incluir no banco de dados ultrapassa os 150 mil cadastros.  

                      Hugo Paulo de Oliveira-Jornalista/MTb4296RS - 18/11/08