Curso de Jornalismo defende formação para o exercício profissional
14 de August de 2008
Acadêmicos, professores e profissionais formados pelo curso de Jornalismo da Unochapecó e por outras universidades mobilizaram-se nesta sexta-feira, 15 de agosto, dentro de movimento nacional em defesa da profissão, especialmente pela necessidade da formação em curso superior. O objetivo foi de mostrar à população em geral, bem como para representantes de entidades, autoridades constituídas, políticos em campanha eleitoral e à imprensa, a importância da formação jornalística para o pleno exercício da profissão e a qualidade que o curso da Unochapecó proporciona aos seus acadêmicos.
Para defender o jornalismo de qualidade e a exigência do diploma para o exercício profissional, o curso de Jornalismo da Unochapecó integrou-se às manifestações de âmbito nacional. Os atos ocorreram pela manhã, na Avenida Getúlio Vargas, através de caminhada e com exposições de faixas, cartazes, banners e entrevistas publicadas por mídias laboratoriais do próprio curso. Alem disso, foi produzido abaixo-assinado que enfatiza a importância da regulamentação da profissão e do reconhecimento do diploma de jornalista. Para o coordenador do curso, professor Jorge Arlan Pereira, "a manifestação atingiu seus objetivos e mostrou claramente à comunidade que desregulamentar a profissão de jornalista e o fim da obrigatoriedade do diploma representam a possibilidade de um grande retrocesso nas práticas do Jornalismo e no comportamento da própria sociedade".
A mobilização fez parte da campanha "Jornalistas por formação: melhor para o jornalismo, melhor para a sociedade" e integrou a Semana Nacional de Luta programada para o período de 11 a 17 de agosto, pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sindicatos e cursos de Jornalismo em todo o país. A iniciativa tem o propósito de reivindicar a favor da regulamentação da exigência de curso superior para a profissão de jornalista, já que nas próximas semanas o Supremo Tribunal Federal tratará do assunto. O STF julgará o recurso extraordinário 511961 que pode desregulamentar a profissão de jornalista, pois elimina um dos seus pilares, que é a obrigatoriedade do diploma em curso superior de Jornalismo para o seu exercício. Isso tornaria possível que qualquer pessoa, mesmo quem não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas. A campanha considera que "a exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do jornalismo brasileiro".
Além de Chapecó, também ocorreram em Santa Catarina manifestações de jornalistas, estudantes e professores em defesa da formação para o exercício da profissão nas cidades de Blumenau, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Itajaí, Lages, Tubarão, Rio do Sul e São Miguel do Oeste.
Texto: Hugo Paulo de Oliveira-Jornalista/MTb4296RS Fotos: Vanderlei de Azevedo .