Acadêmicos, dirigentes de instituições de ensino superior comunitárias e privadas, deputados, prefeitos, vereadores e secretários municipais participaram nesta quarta-feira em Chapecó de reunião do Fórum Permanente de Interiorização e Expansão do Ensino Superior, instituído na Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Realizado na Unochapecó, o encontro foi coordenado pelo deputado Herneus de Nadal, presidente do Fórum, e teve a presença também do deputado Serafim Venzon, do secretário de Desenvolvimento Regional Hélio Francisco Dal Piva e de dirigentes da Unochapecó, e faculdades Celler, de Xaxim, Exponencial, de Chapecó, e FAI, de Itapiranga

Ao abrir a reunião, o deputado Herneus de Nadal indicou que o Fórum tem como finalidade construir bases de um projeto que possibilite a expansão do ensino superior com oportunidades de acesso a maior número de alunos. Também objetiva indicar alternativas de crescimento e propor modelo de educação superior em Santa Catarina. Através desses objetivos, a partir do levantamento de sugestões será elaborado um documento a ser encaminhado aos governos estadual e federal.

Uma das alternativas indicadas no encontro em Chapecó, para ampliar a gratuidade no ensino superior catarinense, é a compra de vaga pelos governos estadual e federal, nas instituições não estatais, para destiná-las aos alunos economicamente carentes. O reitor da Unochapecó citou como exemplo para a destinação de recursos públicos, o Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional, desenvolvido conjuntamente pelas três universidades regionais do Oeste e o governo do Estado. O professor Gilberto Luiz Agnolin indicou a necessidade de verbas oficiais para inclusão de maior número de alunos na gratuidade e para a própria manutenção dos estudantes que já estão no ensino superior mas enfrentam dificuldades para custear os estudos.

A professora Iole Rossato, em nome da Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de Santa Catarina (Ampesc) enfatizou que o Estado deixa lacunas no ensino superior, que são supridas por instituições não estatais, sejam comunitárias ou privadas. Avaliou que as faculdades privadas assumem esse espaço com boa estrutura e qualidade no ensino. Também destacou os recursos que recebem do Artigo 170 e do Prouni, que não cobrem as necessidades para absorver alunos que necessitam de subsício nas mensalidades.

Para o presidente do DCE da Unochapecó, Jean Vilbert Pereira, o Estado deve olhar as instituições comunitárias com visão especial, porque desenvolvem, além do ensino, a pesquisa e a extensão, proporcionando benefícios às comunidades onde o próprio governo não investe. Destacou que os governos devem otimizar investimentos feitos na educação superior, especialmente avaliando que em instituições regionais o custo é menor, sem perda da qualidade. Diante disso, destacou a necessidade de "uma atitude emergencial para a compra de vagas nas instituições regionais, para ampliar a gratuidade aos alunos carentes".

                         Hugo Paulo de Oliveira-Jornalista/MTbRS4296 - 25/04/07