Chapecó inicia mapeamento do ecossistema local de inovação
Estimular o empreendedorismo, fortalecer o ecossistema de inovação e unir diferentes atores para fomentar negócios inovadores. Com esses objetivos o Sebrae/SC, em parceria com o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, entidades, empresas e poder público, iniciou em Chapecó neste mês o projeto Planejamento de Ecossistema Local de Inovação (ELI).
Entre as etapas previstas estão: caracterização do ecossistema de inovação com a definição de setores estratégicos; identificação do nível de maturidade do ecossistema de inovação; identificação dos pontos de intervenção; plano de intervenção; organização da intervenção; atuação conjunta dos atores e monitoramento do ecossistema.
A proposta, em execução em outros municípios catarinenses, surgiu ao ser identificada a importância de adotar estratégias de atuação relacionadas ao grau de maturidade do ecossistema, e de concentrar esforços para estimular, gerar e consolidar empresas inovadoras que atendam às demandas de mercado conforme as vocações econômicas regionais. De acordo com o gerente regional do Sebrae/SC no oeste, Udo Martin Trennepohl, pela identificação dos setores produtivos regionais prioritários e estratégicos é possível promover o desenvolvimento de um ecossistema de inovação local. “O propósito é estimular novos negócios que sejam duradouros, atendam às necessidades da região e contribuam para o desenvolvimento territorial”, enfatiza.
Para o diretor executivo do Pollen Parque e presidente do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rodrigo Barichello, o ecossistema de inovação chapecoense é muito robusto.
“Esse projeto de planejamento do setor vem para somar e para trazer mais empreendedorismo, inovação e cooperação. Com ele conseguiremos priorizar os setores produtivos tecnológicos estratégicos para Chapecó e para a região, além de mobilizar diversos atores locais de ciência, tecnologia e inovação para formar grupos de trabalho, que possam atuar em determinados pontos de desafio. Assim, consolidamos o ecossistema ao mesmo tempo em que projetamos os próximos passos e que identificamos potenciais projetos estruturantes”, enaltece.
Barichello reforça que o principal objetivo do planejamento é proporcionar ações conjuntas para que estimule ainda mais o setor, com o surgimento de novas empresas, apoio e crescimento para aquelas que estão atuando e tornar todas essas iniciativas cada vez mais competitivas. Outros benefícios apontados por ele são visualizar o nível de maturidade das empresas, identificar novos atores que podem contribuir para o ecossistema local de inovação e proporcionar mais desenvolvimento para toda a região.
Atuação conjunta
A metodologia promove ações planejadas, integradas e estruturadas para realizar a gestão e o monitoramento dos ecossistemas de inovação por níveis de maturidade. Contribuirão os atores locais – empresas, incubadoras, startups, aceleradoras, associações, universidades e parques científicos e tecnológicos – para coletar dados, identificar a percepção local e identificar os setores prioritários. Desta maneira, espera-se que os resultados sejam maximizados e se reduza o tempo de consolidação de negócios arrojados.
O consultor credenciado ao Sebrae/SC, Tiago Tengaten, reforça que todos os atores do ecossistema de Chapecó precisam participar ativamente da construção e do planejamento do setor. “Esse é um trabalho coletivo, que integrará as iniciativas existentes e as que estão em planejamento, além de organizar o fluxo para que ocorra sinergia. Com isso, esperamos incentivar o empreendedorismo, a geração de emprego, a otimização dos recursos e os resultados econômicos”, observa.
Cronograma
Durante a execução das etapas, são realizados quatro workshops, sendo que no primeiro deles, previsto para 30 de junho, será feito o mapeamento das informações e a identificação dos setores estratégicos e principais atores do município. Depois disso, é feita a consolidação do mapa de atores, medido o nível de maturidade de cada um deles, de acordo com as vertentes de atuação, e análise dos aspectos positivos e fragilidades de cada setor, que acontecerá em 21 de julho.
Já no terceiro workshop, é feito o plano de ação setorial, a priorização de estratégias de curto prazo e a proposta da estrutura de governança, que será em 1º de setembro. Por fim, após o último workshop, é feita a entrega consolidada do plano de ação do ecossistema, do plano de ação setorial e feita a definição dos projetos estruturantes. A entrega do relatório consolidado está prevista para 6 de outubro deste ano.
Santa Catarina
Além de Chapecó, a metodologia será aplicada nos seguintes municípios: Araranguá, Biguaçu, Blumenau, Brusque, Caçador, Florianópolis, Imbituba, Joaçaba, Joinville, Luzerna, Mafra, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, São Bento do Sul, São José e Videira.
*Com a colaboração MB Comunicação e Pollen Parque