Confiança dos consumidores chapecoenses volta a crescer em fevereiro
Depois da queda na confiança no início do ano, o Índice de Confiança do Consumidor Chapecoense (ICC), que é realizado em parceria entre o curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom), subiu 2,10% em fevereiro. Passou de 80,85 pontos registrados em janeiro para 82,55.
Realizada entre os dias 20 e 28 de janeiro, a amostra foi composta por 108 mulheres e 92 homens de diversas faixas etárias e classes de renda. O aumento do índice de confiança foi puxado pelo grupo dos consumidores com idade entre 45 e 65 anos (13,79%), seguidos pelas pessoas de renda inferior a R$ 2 mil (7,39%) e pelas mulheres (5,64%). Em contrapartida, os grupos que apresentaram as variações negativas mais expressivas foram de pessoas com renda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil (-6,40%) e o grupo masculino (-2,08%).
De acordo com a professora Cássia Ternus, responsável pela pesquisa, um fator importante para a variação positiva do ICC é o início da vacinação contra a Covid-19 no país. Com isso, as pessoas estão mais confiantes de que em algum momento, no futuro, o vírus será superado e o país poderá se recuperar. Por outro lado, os munícipes ficaram ainda mais pessimistas sobre as condições econômicas atuais. Eles revelaram que suas percepções são de que, 12 meses atrás, suas situações financeiras estavam melhores e que não estão confiantes para adquirir bens maiores, que geralmente comprometem o orçamento familiar.
A pesquisa indica, também, aumento no Índice de Expectativas de Consumo (IEC) em 10,64%, atingindo 84,45 pontos, em janeiro eram 76,33 pontos. Já no Indice de Condições Econômicas (ICE), houve queda de 9,92%, totalizando neste mês 79,45, enquanto em janeiro foram registrados 88,21 pontos. O Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que permite sondar o nível de obrigações a pagar ou em atraso, apresentou queda de 1,67%, de 129,19 pontos para 127,04.
Volta às aulas
A pesquisa incluiu ainda levantamento do valor que os entrevistados gastaram ou estavam dispostos a gastar com material escolar para a volta às aulas. Dentre 200 respondentes, 27% disseram que gastariam com materiais escolares nos próximos dias, enquanto 8,50% revelaram já terem feito suas compras.
Ainda de acordo com os entrevistados, a média de gastos com materiais escolares será de R$ 206,40 para aqueles que ainda não realizaram suas compras. Ao fazer um comparativo com o ano anterior, o gasto médio diminuiu, já que em 2020 o valor gasto foi de R$ 281,52.