Doutoranda da Unochapecó fortalece currículo em experiência internacional
Chapecó, 16 de dezembro de 2024 - A mobilidade acadêmica é uma peça-chave na formação de profissionais preparados para os desafios globais. No Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Unochapecó, o intercâmbio acadêmico fortalece o currículo dos discentes e amplia as fronteiras do conhecimento. Essa experiência não só enriquece a trajetória profissional, mas também contribui para consolidar a posição da instituição como um centro de excelência e inovação.
Durante dois meses, de setembro a novembro de 2024, Bruna Schneider, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), esteve em Bolonha, na Itália. Por meio de um doutorado sanduíche, Bruna integrou o Bones Lab, parte da Universidade de Bolonha, campus Ravena, e teve a oportunidade de visitar laboratórios de instituições parceiras, como o Laboratório de Isótopos Estáveis da Universidade de Modena, o Laboratório de DNA Antigo da Universidade de Florença e a Universidade de Siena.
A estudante conta que foi por meio de sua orientadora, professora Mirian Carbonera, que teve contato com o edital lançado pela FAPESC (nº 07/2024 - Apoio à Mobilidade para Pesquisadores Catarinenses - Primeira Edição 2024). Este requisitava, entre outros objetivos, pesquisas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), desta forma Bruna adaptou a sua pesquisa, voltada à arqueologia e ao patrimônio cultural, a um viés de sustentabilidade.
“Estou estudando a dieta de uma população pré-coloniais do litoral catarinense, em uma abordagem que relacionará os isótopos estáveis, minha expertise, com as demais análises que estão sendo feitas através dessa parceria internacional com o Bones Lab. Essa colaboração internacional tem permitido uma visão mais ampla sobre a dieta e tem enriquecido bastante a interpretação dos resultados, integrando diferentes perspectivas e métodos”, relata
Após organizar o projeto sob a perspectiva sustentável, a estudante apresentou a ideia à orientadora, que gostou da proposta de aprender métodos e técnicas aplicadas ao estudo de remanescentes humanos; o que iria contribuir para o entendimento geral do sítio arqueológico que está sendo estudado. Intitulado ‘Conhecendo métodos e técnicas de análises osteoarqueológicas e paleontropológicas’, o projeto foi aprovado junto à FAPESC e a doutoranda rumou à Itália.
Em Bolonha, Bruna aprendeu técnicas de escavação arqueológica e realizou análises laboratoriais no Bones Lab. “O principal objetivo do intercâmbio foi aprender métodos e técnicas e, nesse sentido, a equipe do Bones Lab foi excepcional. No entanto, em um intercâmbio, tudo acaba sendo aprendizado, porque a gente entra em contato com tanta coisa diferente, não é só um intercâmbio, não é só o estudo a ser desenvolvido, mas são as pessoas que conhecemos, é a cultura, a comida, os lugares, tudo é novo e temos uma imersão em outra cultura, em outra língua (...) e foi fundamental para o meu crescimento pessoal e profissional, permitindo que eu aprendesse a lidar com essas dificuldades de forma construtiva”.
O intercâmbio acadêmico representa um marco na trajetória de qualquer pesquisador. Na Unochapecó, essa vivência transcende a experiência individual da doutoranda, fortalecendo a missão institucional de formar profissionais capazes de dialogar com diferentes culturas, desafios e inovações científicas ao redor do mundo. Para a profissional, que atua na área há doze anos, foi uma experiência transformadora; afinal, pode adquirir novos conhecimentos em um contexto avançado e heterogêneo sobre a extinção dos Neandertais.
A rede de contatos estruturada também é apontada como parte essencial da experiência, durante o período de mobilidade, Bruna conheceu profissionais de diversos países e especialidades, o que resultou em trocas enriquecedoras e na elaboração de projetos de pesquisa colaborativa entre o Brasil e a Itália. “Surgiram novos grupos de pesquisa com propostas promissoras, e, se tudo correr bem, esses projetos abrirão caminho para uma nova etapa de intercâmbio no próximo ano”, aponta.
Bruna avalia a oportunidade de internacionalização ofertada pela Unochapecó, em parceria com a FAPESC, de modo extremamente positivo de forma extremamente positiva; por ser um diferencial que fortalece tanto a formação acadêmica quanto a projeção de seus pesquisadores no cenário global. “Além disso, essa proposta reforça a ideia de que a Unochapecó está comprometida em preparar seus alunos e pesquisadores para desafios globais, incentivando a inovação e a excelência acadêmica”, finaliza.
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Texto: Ionara Virmes/Assessoria de Imprensa Unochapecó;
Fotografias: arquivo pessoal Bruna Schneider.