Incubadora Tecnológica comemora 20 anos de implantação e números expressivos
Um catalisador para o crescimento econômico, que tem como objetivo apoiar empreendedores comprometidos em mudar o mundo com soluções que melhorem a vida das pessoas. Assim pode ser definida a Incubadora Tecnológica, a INCTECh, programa permanente de extensão que completou 20 anos em setembro de 2023. Sua missão, desde o princípio, é de impulsionar a criação de novos negócios por meio de metodologia qualificada e trilhas de atuação únicas.
Desde sua implantação, a Incubadora Tecnológica da Unochapecó entregou à sociedade regional 80 projetos qualificados, dos quais 46 projetos de pré-incubação e 27 são startups graduadas. Atualmente, 14 novas startups estão em incubação. Tais empresas, pelo assessoramento oferecido na INCTECh, se estabelecem no mercado com vantagem competitiva e têm um grande potencial de gerar empregos.
Celebrar a Incubadora Tecnológica é enaltecer o crescimento econômico qualificado da região, o estímulo integral ao empreendedorismo e à formação - e, claro, as parcerias de sucesso. Nesta terça-feira (10/10), o estande da Unochapecó na Efapi celebrou o Dia da Inovação e recebeu a cerimônia de celebração dos 20 anos da INCTECh.
Na oportunidade, o Conselho Universitário da Unochapecó homenageou os coordenadores que estivam à frente da INCTECh desde sua implantação: o professor Radamés Pereira, que atuou de 01 de junho de 2003 a 31 de maio de 2012; a professora Franciele Pastre, que atuou de 01 de junho de 2012 a 31 de julho de 2012, e retomou o cargo a partir de 01 de fevereiro de 2017; o professor Ademar Tibola, que atuou de 01 de agosto de 2014 a 31 de dezembro de 2015; e Daniela de Sá Jacobina Pires, que atuou de 17 de abril de 2015 a 31 de janeiro de 2017.
Para a coordenadora da IncTech, professora Franciele Pastre, que está à frente do projeto desde 2017, o projeto é símbolo do caráter pioneiro que a Unochapecó assume. A atuação da incubadora, de acordo com a docente, perpassa o conceito de inovação e reforça o sentimento de trabalho coletivo tão presente no Oeste catarinense.
“O papel de uma incubadora é lidar com sonhos e vai muito além de desenvolver projetos e auxiliar o gerenciamento de uma ideia a sair do papel. É acreditar junto, e isso a nossa incubadora sempre fez. Mais do que trabalhar com inovação, trabalhamos com pessoas. Vinte anos atrás, alguém sonhou, e não foi sozinho, em como estimular o empreendedorismo e como transformar a mente dos nossos acadêmicos para não só serem bons profissionais mas também ousarem em empreender. Foram 20 anos de transformação, inclusive no entendimento do que é uma incubadora, pensando nas iniciativas pelo Brasil que buscamos para fortalecer o que era um projeto de extensão, de repente, se torna uma tônica da Instituição”, afirmou.
Empreendedorismo e inovação como apostas certeiras
O diretor do Pollen Parque, professor Rodrigo Barichello, ressaltou que o momento de consolidação dos negócios voltados à tecnologia no Oeste é também fruto do investimento da Universidade em uma formação inovadora. “Esses 20 anos são representados pelo trabalho de muitas mãos em prol de transformar sonhos. Vivenciar o dia a dia de uma incubadora inserida em um parque tecnológico não é só falar sobre inovação, e sim sobre a formação das pessoas. Quando chega uma pessoa com uma ideia de negócio, e essa ideia ganha corpo e passa a evoluir, acompanhamos a geração de emprego, de renda e de fortalecimento regional. A INCTECh representa tudo isso”, destacou.
Para o Presidente da Fundeste, Vincenzo Francesco Mastrogiacomo, o momento foi de emoção em dose dupla, já que os primeiros passos da Incubadora foram dados lado a lado com a ACIC, entidade da qual também foi presidente. “É importante que se compreenda que a Incubadora Tecnológica não é apenas para uma cidade ou uma pessoa, mas é a prova de que trabalhar em equipe promove o sucesso. O futuro está aqui e nós somos todos responsáveis por promover mais desenvolvimento”, refletiu.
Desde o ‘marco zero’ de sua fundação, a Incubadora já desenhava uma história de impacto na região, conforme recordou o Reitor da Unochapecó, professor Claudio Alcides Jacoski. A metodologia de trabalho e as articulações proporcionadas pela INCTECh estiveram sempre em consonância para refletir aqui o momento tecnológico global.
“Se olharmos para o início da Incubadora, vemos que ela teve as mesmas dificuldades que qualquer incubada, e sem a dedicação de pessoas como o professor Radamés, e das equipes de trabalho que sempre se engajaram na causa, quem sabe esse projeto não tivesse frutificado. Hoje estamos aqui em um espaço tecnológico e todos usando o celular, mas poucos sabem que a primeira internet de Chapecó foi trazida pela INCTECh. Esses vinte anos repercutiram na economia local e regional e é um sentimento de orgulho quando passamos em frente a uma empresa que teve início aqui e hoje está melhorando a vida das pessoas”, afirmou.
Trajetória marcada por metodologias qualificadas e reconhecimento
A história da Incubadora Tecnológica tem início ainda em 2001, com a criação de um Grupo de Trabalho Institucional para a promoção de ações dirigidas ao desenvolvimento de uma incubadora de empresas de cunho tecnológico. A proposição inicial foi do curso de Ciência da Computação, e suas ações se voltam também para outros cursos. Sua formação foi precedida por um estudo de viabilidade técnica e econômica, elaborado pelo Centro de Geração de Novos Empreendimentos em Software e Serviços da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 2003, a INCTECh é oficializada por meio da Resolução nº 058/CONSUN/2003.
Com a missão de se aproximar da tríplice hélice, formada pelo poder público, pela indústria e pela Universidade, a INCTECh foi instalada inicialmente junto ao CESEC, onde também se localizam a Associação Comercial e Industrial de Chapecó, o Sindicato do Comércio e a Câmara de Dirigentes Lojistas. Em 2004, acontece o lançamento do primeiro Edital de Seleção de Empresas para a Incubadora Tecnológica, e duas empresas são inseridas ali: a E-com BR Soluções em Tecnologia e a Voss Soluções Digitais. As empresas permaneceram no processo de incubação por dois anos, desenvolvendo o perfil empreendedor e aperfeiçoando seus negócios por meio de capacitações e mentorias direcionados.
Em 2010, a INCTECh passa por alguns marcos históricos, como a participação na Proposta de Implantação de um Parque Tecnológico; a assinatura do Termo de Convênio com a Embrapa no Programa Proeta; assinatura do Convênio de Parceria junto ao DEATEC (Polo Tecnológico do Oeste Catarinense); assinatura de Termos de Convênio com SDRs (Secretarias de Desenvolvimento Regionais) para criação e implantação de incubadoras em outros municípios. Em 2011, a INCTECh recebe o registro do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.
Nesse período, diante do crescimento exponencial das Incubadoras no Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), trabalharam juntos para construir um novo modelo de atuação para os ambientes de inovação brasileiros. Com a implantação do Cerne, os ambientes de inovação passam a atuar de forma proativa na promoção do desenvolvimento sustentável, com base na inovação. Em 2018, a INCTECh recebe o Certificado de Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE1), estando entre as 20 primeiras incubadoras do Brasil a receber o título.
Desde 2021, a INCTECh está instalada no quarto pavimento do Pollen Parque Científico e Tecnológico com sua gestão e startups residentes no projeto de incubação. O ano de 2022 foi marcado pela adesão à metodologia da Incubadora MIDITEC ACATE, eleita uma das cinco melhores incubadoras do mundo do Prêmio UBI Global. Atualmente, a INCTECh faz parte de uma rede de dez Incubadoras do estado, que propicia apoio às empresas incubadas, desenvolvimento, aplicação e gerenciamento de uma metodologia qualificada para a expansão dos negócios incubados.