O projeto é pioneiro na formação de profissionais para área de TI
O Centro de Residência em Software (CRS) foi criado com a missão de formar jovens talentos na área de Tecnologia da Informação para o mercado de trabalho. E a melhor forma de cumprir com ela é colocar os estudantes dos cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da Unochapecó em contato com as empresas que desenvolvem produtos e serviços de tecnologia.
O projeto que começou lá em 2010, completa hoje 12 anos de uma trajetória de sucesso e pioneirismo na área. Mais de 140 estudantes passaram pelo CRS e tiveram a oportunidade de realizar estágio em empresas renomadas da área. Segundo o coordenador do CRS, professor Jorge Di Domenico, o principal objetivo é formar novos talentos na área de tecnologia e auxiliar na entrada de estudantes no mercado de trabalho. "Temos o estudante aqui rodando nesse meio acadêmico e a empresa pagando as bolsas dele para que aprendam as metodologias. Assim, a possibilidade deles serem inseridos no mercado de trabalho e irem direto para dentro da empresa é de 90%", finaliza.
Desde o ano passado, o projeto passou a integrar a estrutura do Pollen Parque Científico e Tecnológico, o que favorece e potencializa as conexões com empresas ligadas ao setor. Atualmente, existem dois núcleos de atuação no CRS. Um núcleo de desenvolvimento de soluções (softwares) para a Universidade e o outro é o núcleo das empresas, oportunidade em que os residentes desenvolvem soluções para as organizações, conforme as tecnologias e projetos que a mesma trabalha.
De acordo com a coordenadora do curso de Sistemas de Informação, professora Mônica Tissiani De Toni Pereira, "o objetivo é sempre potencializar essa aproximação com as empresas, oportunizando novas formas de ingresso no mercado de trabalho para os estudantes, fortalecendo o aprendizado obtido na universidade e preparando-os para a vida profissional", completa.
Quem vive esse dia a dia sabe o quanto o projeto traz transformações para a vida profissional. Gabriel, que está no oitavo período do curso de Sistemas de Informação, é hoje o técnico responsável do CRS e também o responsável por orientar e dar suporte aos estagiários junto com os professores. "Esse contato, tanto com os professores, como com os estudantes, têm me instigado diariamente a buscar novidades, coisas legais que a gente possa aplicar nos nossos projetos internos, e nessa busca eu acabo aprendendo muito, o que contribui ainda mais pro desenvolvimento da minha carreira", salienta.
Segundo o coordenador do curso de Ciência da Computação, professor Sandro Silva de Oliveira, além de todo o conhecimento adquirido, através da oportunidade, os acadêmicos que participam do CRS têm chances maiores de serem contratados pelo mercado de trabalho.
"Esse é um projeto pioneiro na região e poder proporcionar a esses estudantes o contato direto com a prática e as demandas do mercado, sem dúvida é motivo de muito orgulho. Além disso, o CRS também auxilia as empresas da área que estão em busca de mão de obra qualificada para o seu quadro funcional, uma vez que, quando precisarem de um profissional, podem procurar diretamente nesse laboratório, pois esse estagiário já estará alinhado com a necessidade da empresa", explica.
Para o diretor do Pollen Parque, professor Rodrigo Barichello, a trajetória do CRS é um excelente exemplo de como funciona a tríplice hélice no ecossistema de inovação. "Em um mundo cada vez mais digital, não há dúvidas de que a área de Tecnologia da Informação ganhou uma importância estratégica nas organizações e, assim, será para os próximos anos. Vários estudos apontam que o Mercado de TI deve apresentar déficit de mais de 250 mil profissionais em 2024. Nesse sentido, é fundamental pensar em novos modelos, a exemplo do Centro de Residência de Software, que une a excelência em ensino com as demandas atuais das empresas parceiras, para juntos possam solucionar os problemas do mercado", finaliza.
*Christiane Lise | Comunicação Pollen Parque