Iniciativa da Unochapecó estará no Parque Científico e Tecnológico Chapecó@
Difundir e popularizar o conhecimento científico-tecnológico na região Oeste de Santa Catarina, fomentar e incentivar a pesquisa e a produção científica. Esses são os principais objetivos do Museu de Ciência e Tecnologia do Oeste Catarinense, iniciativa pioneira na região que também está voltada para a inclusão social, por meio do acesso à informação científica, tecnológica, digital e cultural.
A implantação do museu foi viabilizada através da captação de recursos oriundos de chamada pública aberta pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Sua viabilização decorre de uma iniciativa da Unochapecó, estruturada por meio doEscritório de Projetos e Prestação de Serviços, unidade recentemente implantada junto à Rede de Inovação da universidade. O montante dos recursos para a criação do museu será de R$ 445 mil e o prazo para execução do projeto é de 36 meses.
O museu terá três linhas de atuação. Uma delas será “Museu itinerante - Ciência Móvel”, que visa transportar, divulgar e popularizar a ciência e tecnologia através de um veículo personalizado, com equipamentos e materiais de ciência e tecnologia, e que irá para escolas, feiras científicas e tecnológicas e eventos de ciência e tecnologia de cidades do interior de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Resgate e mostra da inovação
“Resgate histórico da ciência e tecnologia” é outra linha definida para o museu, em decorrência da expectativa de um volume significativo de doações de equipamentos de tecnologia antigos. Por isso, será montado espaço que abrigue e resgate a história de cada um, considerando a evolução tecnológica e a inovação científica proporcionada.
A terceira linha trata de “Exposições culturais, arqueológicas, tecnológicas, científicas e de inovação”. Essa ação irá promover exposições em eventos direcionados e serão organizadas exposições permanentes no próprio museu, contemplando a mostra de objetos culturais, arqueológicos, tecnológicos, científicos e de inovação. Com isso, se pretende permitir a integração de diferentes culturas, a valorização da observação científica, a reflexão crítica da história, o desenvolvimento da criatividade e da inovação e a interatividade com os meios digitais.
Para suprir carências
Com a iniciativa, a Unochapecó contribui, como instituição comunitária, para suprir a carência de espaços de cultura e difusão da ciência numa região onde não há museus voltados para a ciência e a tecnologia. Conforme o vice-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da universidade, professor Claudio Alcides Jacoski, a implantação do museu é uma proposição antiga. “Não é de hoje e faz parte das metas estabelecidas pela gestão atual da instituição, que previa a busca de recursos para a estruturação desse museu”, explica Jacoski.
O vice-reitor destaca que a Unochapecó já possui projetos permanentes na mesma área de atuação do museu, como por exemplo, o trabalho desenvolvido pelo Centro de Memória do Oeste Catarinenese (Ceom), o que proporciona garantias institucionais do pleno funcionamento dessa nova iniciativa. Para ele, não há dúvidas de que o futuro museu, como instrumento de divulgação e difusão do conhecimento, terá papel fundamental na construção de uma região mais preparada para os tempos atuais, que demandam uma comunidade mais próxima das soluções científicas e tecnológicas.
No parque tecnológico
O museu tem sua construção prevista para as instalações do Parque Científico e Tecnológico Chapecó@, que será implantado próximo ao campus sede da Unochapecó. Tem como foco atender cidades da região Sul do país, em especial da Grande Região da Fronteira do Mercosul, abrangendo o Oeste Catarinense, Noroeste do Rio Grande do Sul e Sudoeste do Paraná.
A amplitude da atuação do museu decorre, além da carência de um organismo desse tipo, está no interesse de fomentar um cultura específica dentro da temática. “Não adianta termos uma elite intelectual capacitada se esta condição não propiciar melhorias na sociedade, e é justamente pensando em atingir o ensino médio e fundamental que o projeto do Museu de Ciência e Tecnologia foi elaborado, para que nossos jovens possam ser incluídos, para ampliar seus horizontes a partir do conhecimento”, conclui o vice-reitor Claudio Jacoski.