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Pesquisa do PPGTI desenvolve biofertilizante à base de pó de basalto 

Inovação

O Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Gestão da Inovação (PPGTI) da Unochapecó se destaca por apresentar uma abordagem inovadora muito além do próprio nome. As linhas de pesquisa de mestrado oferecem, por exemplo, aproximações científicas peremptórias para a sustentabilidade e o setor industrial e produtivo. Esse vínculo não apenas cria oportunidades para quem está na jornada acadêmica, mas também destaca a importância de repensar e otimizar as práticas de produção para enfrentar os desafios globais contemporâneos.

Pensando no desenvolvimento de soluções inovadoras e de alta relevância ambiental, uma pesquisa realizada no PPGTI, na linha de pesquisa voltada à agrotecnologia, demonstrou as potencialidades do uso de pó de rocha na produção de biofertilizantes. A pesquisa, desenvolvida pela acadêmica - e agora, mestre! - Caroline Olias, foi apresentada à banca avaliadora nesta segunda-feira (11/12). 

A dissertação teve como ponto de partida um estudo da realidade local, considerando o pó de rochas, um subproduto da britagem, como um problema ambiental. Ao explorar as potenciais utilizações desse subproduto na agricultura, a pesquisa se aprofundou na importância econômica dos hortifrutigranjeiros na região oeste de Santa Catarina. O foco na possível aplicação do biofertilizante desenvolvido e nas projeções para seu registro destacam a aplicabilidade prática da pesquisa. O produto final, um biofertilizante foliar à base de resíduos de basalto solubilizados em ácido orgânico, mostrou-se promissor para o cultivo de olerícolas na região. 

A metodologia utilizada para alcançar os objetivos da pesquisa envolveu, de início, estudos documentais sobre o tema, estudos sobre o biofertilizante, escolha da cultura para aplicação por meio de um protocolo (doses, épocas de aplicação, forma de aplicação e demais). Após esta etapa, foram feitas avaliações de parâmetros técnicos à campo (coleta de dados de SPAD, NDVI e Temperatura, peso, espessura de colmo); avaliações laboratoriais das análises com melhor resposta em campo, juntamente com a testemunha e, por mim, análises estatísticas dos resultados. Caroline descreve o processo como uma jornada enriquecedora.

“O desenvolvimento da pesquisa como um todo foi de enorme importância para minha vida acadêmica/profissional. Foram realizados diversos testes até chegar no produto final estabilizado pronto para utilizar na cultura. Agregando muito conhecimento, visto que foi vivenciado as rotinas e protocolos para transformação da matéria prima em um biofertilizante foliar. Utilizando técnicas e protocolos até então desconhecidas, e com a aplicação de procedimentos (tentativa/erro) até chegar no produto final. As mesmas experiências foram vivenciadas no campo, quando o produto foi utilizado de forma efetiva na cultura estudada, com uma imersão de conhecimento nas atividades cotidianas de manejo e monitoramento e observação do dia-a-dia do desenvolvimento até o momento da colheita e posteriormente avaliações laboratoriais”, afirma Caroline.

A pesquisa foi orientada pelo professor Cristiano Reschke Lajús. Ele destaca que apesar da demanda comprovada na agricultura, a proposta da pesquisa busca expandir as possibilidades de utilização desse recurso na região, não apenas do ponto de vista científico e tecnológico, mas também econômico e social.

“Neste sentido, o pó de rochas é a principal matéria prima para a elaboração de um biofertilizante foliar, o qual passado por um processo de solubilização em ácido orgânico, mostrou grande potencial nutritivo para as plantas. Este produto, fora utilizado em olerícolas, visto que regionalmente existe a presença de várias propriedades que possui esta atividade como fonte de renda. Neste sentido, focando o estudo em utilizar um resíduo que é considerado um problema ambiental local, como fonte de nutrição complementar em culturas que são de grande importância regional”, explica o professor.

Além disso, os resultados da pesquisa têm potencial para impactar positivamente as pequenas e médias empresas que exploram o pó de basalto na região. A abertura de novos mercados para a comercialização de produtos derivados pode ser catalisada por futuras Teses de Doutorado, evidenciando a relevância a longo prazo dessa pesquisa para o desenvolvimento local e para a área de agrotecnologia como um todo.

* texto e fotos: Ana Ritta Da Luz, estagiária de Jornalismo, sob supervisão da jornalista Leticia Sechini.

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Tecnologia
Programa de pós-graduação em tecnologia e gestão da inovação
Biofertilizantes
Agrotecnologia

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