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Seminário discute repercussões da globalização nas dinâmicas regionais

Educação

Texto Ana Vertuoso*

 

Um aspecto importante, mas pouco discutido da globalização é o impacto desse modelo nas dinâmicas regionais. Para discutir o papel que cada um dos atores sociais desempenha nesse sistema, o Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais da Unochapecó promoveu, no dia 17 de outubro, o seminário 'Repercussões da Globalização nas Dinâmicas Regionais: Atores Sociais e Projetos Alternativos'.

O evento foi idealizado e organizado por professores e estudantes das disciplinas 'Organizações, Redes e Capital Social', ministrada pela professora Rosana Maria Badalotti, e 'Dinâmicas Regionais e Transformação Social', das professoras Cristiane Tonezer e Clarete Trzcinski. Além dos estudantes do Programa, também participaram da atividade acadêmicos dos cursos de Agronomia, Direito, Engenharia de Produção e Pedagogia, além de mestrandos do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito e membros da comunidade.

Estudantes de diferentes cursos participaram do evento

Na primeira parte da noite, a professora Andrea Luiza da Silveira, apresentou os resultados de uma pesquisa sobre o adoecimento em função do trabalho na indústria frigorífica de Chapecó. Em seguida, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias das Carnes e Derivados de Chapecó (Sitracarnes), Jenir Ponciano de Paula, falou sobre a atuação da organização em relação às condições de trabalho e direitos dos trabalhadores nas agroindústrias. Além disso, o coordenador da Associação de Imigrantes de Chapecó e Haiti, Nahum Saint Julien, contou um pouco da história do Haiti e a trajetória de deslocamento dos haitianos para o Brasil em busca de oportunidades de reconhecimento e trabalho.

Já no segundo bloco da atividade, o representante do Movimento Sem Terra (MST), Álvaro Santin, tratou sobre o direito a terra, as consequências do modelo de produção hegemônico e as alternativas dos movimentos campesinos para esse modelo. Por fim, Pedro Melchiors, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), abordou o modelo de produção de energia hidrelétrica, suas consequências e alternativas. Para ele, o Seminário trouxe a tona uma realidade que passa despercebida. "Os movimentos sociais e a sociedade enfrentam momentos críticos. A saída é o trabalho de base e a estruturação de um projeto popular, para que possamos voltar a sonhar em ver a classe trabalhadora atuando novamente na construção de uma sociedade justa”.

De acordo com Liége Santin, mestranda e uma das organizadoras do evento, a oportunidade instigou os discentes a ampliar e compreender a realidade por diferentes óticas, segmentos e atores sociais. “Dentro da Universidade se produz ciência e fora dela também. Nada mais inteligente do que juntar as duas produções em prol de um outro mundo possível”, finaliza.

As docentes dos componentes que integraram a atividade, avaliam que o evento cumpriu seu objetivo, pois o Programa visa preparar profissionais com qualificação teórico-metodológica para análise e atuação no campo das políticas públicas e dinâmicas regionais, na perspectiva do desenvolvimento e transformação social. Desde a sua criação, há dez anos, o mestrado tem buscado construir sua trajetória a partir do diálogo com diferentes organizações governamentais e da sociedade civil, e este evento é mais uma possibilidade pedagógica de aprendizado onde os diferentes saberes são valorizados.  

 

*Estagiária sob supervisão de Gabriel Kreutz

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