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Um ano após menor valor registrado, aumenta a confiança do consumidor

Mercado

Neste mês de maio, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Chapecó, registrou um aumento de 6,11%, chegando a 69 pontos. Em comparação com maio de 2020, houve aumento de 26,81%, sendo que aquele foi o menor valor registrado para toda série histórica, uma vez que captou os primeiros efeitos da pandemia na confiança dos consumidores. Os dados são do boletim divulgado pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com o Sicom.

Os fatores que podem ter influenciado positivamente nas perspectivas futuras foram a flexibilização das restrições impostas pela Covid-19, a estabilidade no número de casos da doença em Chapecó e a aceleração da vacinação em todo Brasil. Os dados coletados mostram que 21,51% dos entrevistados declararam estar mais preocupados com a Covid-19 do que estavam no mês anterior, ao passo que no mês de abril, em comparação a março, a taxa foi de 61,54%. Ainda, 46,51% mantiveram o nível de preocupação, enquanto 29,65% estão menos preocupados. De acordo com a responsável pelo levantamento do ICC, professora Cássia Heloisa Ternus, a prefeitura de Chapecó anunciou que possui a segunda dose da vacina para todos que tomaram a primeira, fato que pode ter contribuído para redução da preocupação com o coronavírus no município.

Em uma análise dos grupos que compõem o ICC, houve apenas variação negativa em dois grupos: consumidores com idade até 24 anos (-6,32%) e chapecoenses com renda até R$2.000,00 (-0,52%). Por outro lado, as variações positivas mais expressivas foram registradas pelos consumidores com idade entre 45 e 65 anos (27,50%) e com renda maior ou igual a R$4.000,00 (12,74%).

Seguindo a tendência contrária, a expectativa de gastos extras aumentou, partindo de R$463,95 em abril para R$599,95 neste mês. Por outro lado, a expectativa de gastos pela internet diminuiu, resultando em R$176,50 em maio, depois de ter registrado R$211,63 no mês anterior.

 

Subíndices

O Índice de Condições Econômicas (ICE) registrou variação negativa de -3,93% para maio após um mês de alta em abril (13,49%), reduzindo o subíndice aos 66,06 pontos. Os resultados indicam que os consumidores estão menos confiantes com relação às suas finanças e às condições para aquisição de bens duráveis, se comparado ao mês de abril. Já o Índice de Expectativas de Consumo (IEC) teve aumento neste mês, chegando aos 70,81 pontos, que corresponde a uma variação de 12,86% em relação a abril. Essa redução revela que os consumidores estão mais confiantes em relação aos próximos anos.

O Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (IEIC) permite sondar o nível de obrigações a pagar ou em atraso que o consumidor possa ter. A variação deste subíndice foi de -0,27% neste mês, levando o IEIC aos 119,74 pontos. Este resultado é negativo e está alinhado com um aumento no nível de endividados e/ou inadimplentes do município. Dentre os 172 consumidores entrevistados, 80,81% têm alguma obrigação a pagar. Entre os endividados, 20 consumidores (11,62%) também revelaram que estão inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso, especialmente com cartão de crédito e crédito em lojas.

 

Hábitos de consumo

No presente mês, 55,81% dos respondentes afirmaram que pretendem manter algum hábito de consumo adquirido durante a pandemia assim que ela estiver mais controlada, enquanto 10,47% confirmaram que não manterão qualquer novo hábito. Ainda, outra parte dos participantes da pesquisa (15,70%) não modificaram qualquer hábito de consumo durante este período e 18,02% não souberam ou não quiseram responder.

Com relação a mudanças na vida financeira dos consumidores, 62,21% deles asseguraram que não houve alteração na sua renda em decorrência da pandemia, enquanto 27,91% constataram diminuição na mesma e 3,49% tiveram aumento na sua renda. Levando isto em conta, 20,93% dos participantes revelaram ter aumentado seus gastos extras em relação ao mês de abril, 37,21% realizaram cortes de gastos extras, enquanto 8,72% realizaram cortes tanto em gastos extras quanto também em gastos essenciais, e outra parcela de 30,81% manteve o mesmo nível de gastos do mês anterior.

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