Animais e o COVID-19
A chegada do COVID-19 ao Brasil despertou muitas dúvidas e preocupações
A chegada do COVID-19 ao Brasil despertou muitas dúvidas e preocupações. Inclusive sobre a possibilidade dos animais de estimação poderem adquirir o agente e transmitir a humanos.
É importante fazer os esclarecimentos com base no que a ciência já descobriu até agora.
Não há evidência, até esse momento, de que pets estejam adoecendo pelo novo coronavírus nem que sejam capazes de propagar a doença. Cães e gatos podem contrair um coronavírus próprio de suas espécies. Este nada tem a ver com a COVID-19 e não é transmitido para o ser humano.
Há em todo mundo casos em que nossos companheiros de vida estão sendo abandonados à própria sorte em muitos países por um temor.
Mas é justamente a companhia amorosa de nossas mascotes de estimação uma das receitas mais valiosas para grandes e pequenos. Há países, como o Reino Unido, que há tempos permitem e até estimulam que os doentes possam receber a visita de seus amigos animais nos hospitais para aumentar suas defesas e alegrar suas horas de dor e solidão. Em uma prisão de Barcelona, na Espanha, ela permite alguns detentos terem em suas celas um cachorro do qual deviam cuidar. Segundo os psicólogos da penitenciária, aquela presença e cuidado do animal ofereciam resultados visíveis no comportamento do preso. Alguns deles, quando chegava sua hora de retomar a liberdade, preferiam ficar na prisão a ter que abandonar seu bichinho.
E se o tutor contrair a doença, ele pode ficar na companhia do seu animalzinho durante a quarentena? A orientação atual é clara: pessoas infectadas pelo coronavírus devem ficar isoladas e adotar medidas para não transmitir a doença a seus familiares e colegas. Pets podem atuar como meio de contaminação no caso, por exemplo, de uma pessoa infectada pelo Covid-19 espirrar sobre um cachorro, por exemplo. E outra pessoa abraçar o animal e colocar a mão na boca, tendo contato com a secreção do doente. Mas o risco de contaminação é o mesmo de alguém pegar numa maçaneta, por exemplo.
Disseminar a notícia infundada que animais de estimação podem transmitir COVID-19 pode gerar um pânico desnecessário em relação aos animais de estimação, colocando em risco as populações de cães e gatos nos países com o surto da doença.
Ao apresentar sinais clínicos suspeito procure ajuda médica. Fora isso compartilhe esses momentos de isolamento para compartilhar bons momentos da companhia dos nossos melhores amigos.