Leishmaniose canina
Leishmania spp
A leishmaniose canina é a infeção por Leishmania spp em cães. Considerada uma zoonose importante, não só no Brasil, mas em vários países do mundo.
Os sintomas mais comuns são aumento de volume dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas (onicogrifose), perda de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento e atrofia muscular, hemorragias nasais, anemia e alterações nos rins, fígado e articulações. Em um estágio mais avançado, detecta-se problemas nos rins, no fígado e no baço, acabando o animal por morrer.
Devido à variedade e à falta de sintomas específicos, o médico veterinário é o único profissional habilitado a fazer um diagnóstico da doença.
É importante ressaltar que há um grande número de animais infectados que não apresentam sintomas clínicos (assintomáticos) porque a Leishmaniose pode ter uma incubação até 7 anos.
Nas regiões endêmicas o principal vetor de transmissão do protozoário é a picada de insetos flebótomos fêmeas das espécies Lutzomya spp (nas Américas). O inseto alimenta-se sobretudo ao final da tarde.
Os cães em maior risco são os que vivem a maior parte do tempo no exterior das residências por estarem, teoricamente, expostos ao parasito com mais facilidade que cães que vivem dentro de casa.
Cães de raças exóticas, os de pelo curto e os de idade superior a dois anos também são ligeiramente mais frequentes sua infecção.
O período de incubação varia de um mês a dois ou mais anos.
A prevenção consiste em impedir a picada do mosquito mediante aplicação de insecticidas na forma de coleira ou pulverização e rastreios regulares. Hoje existe tratamento permitido pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), mas somente administrado e acompanhado por médicos veterinários.
Também há no mercado uma vacina que faz a prevenção do seu animalzinho. O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano. Disso advêm a importância de prevenir essa zoonose.
O diagnóstico baseia-se nos sintomas e é confirmado por análises laboratoriais que detectam a presença no sangue do parasito ou de anticorpos do parasito.